feminista brasileira nascida em poços de caldas, minas gerais, incansável lutadora pelos direitos dos homens e mulheres negras e das empregadas doméstica no brasil. aos sete anos de idade, laudelina começou a trabalhar como empregada doméstica e passou por uma infância de exploração, discriminação e racismo.
aos 16 anos, laudelina começou a atuar em organizações de mulheres negras e foi presidenta do clube 13 de maio, que promovia atividades recreativas e políticas. foi para santos aos 20 anos, onde se tornou ativista da frente negra brasileira. passou a atuar em movimentos populares. criou uma associação das empregadas domésticas (1936), fechada seis anos depois (1942), quando atividades políticas foram proibidas em função do estado novo. mudou-se para campinas, onde se integrou ao movimento negro da cidade e denunciou que as empregadas negras eram preteridas, protestando contra os anúncios racistas do jornal correio popular.
fundou a associação profissional beneficente das empregadas domésticas (1961), para defesa dos direitos das empregadas domésticas e intermediação de conflitos entre patroas/oes e empregadas, uma vez que não havia legislação trabalhista para a categoria. sua atuação foi exemplo para que fossem criadas associações no rio de janeiro (1962) e em são paulo (1963) e que deu origem ao sindicato dxs trabalhadorxs domésticxs (1988).
atuou nas universidades brasileiras por mais de 30 anos, até seu falecimento. em seus últimos dias, foi eleita, por reconhecimento de sua competência, chefe do departamento de sociologia, da pontifícia universidade católica - puc, rio de janeiro. faleceu em campinas como um símbolo da luta por tornar visível o trabalho doméstico, denunciar sua desvalorização e buscar conquistar direitos trabalhistas e dignidade, explicitando a situação de profunda pobreza, racismo e machismo na qual vivem milhares de mulheres negras em todo o país.