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Transfobia

*Transfobia, o que é?*

Postado por Sandra Laframboise 02/08/2005 às 22:43 no cmi http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2005/08/325671.shtml

Nossa sociedade, armada, configurada e consolidada nos moldes que se nos apresentam, ao se tratar de GÊNEROS, foi incisiva e não deixou opções. Dois.. dois.. e dois.. qualquer dicrepância que se origine destes pilares milenares, por mais moderna que seja a aceitação técnico-científica das ditas "novas" conclusões podem ter campo vasto e passível de reformulação literária e ou de costumes mas.. GÊNERO é propriedade "imexível".

A sociedade tem voz coletiva neste contexto. A "Transfobia" viria então a ser uma espécie de repulsa coletiva, perpetrada de forma inconsciente pela "sociedade Coletiva", cujos objetivos seriam anular, apagar, diminuir e por fim discriminar aqueles que insistem em transpor as "barreiras" impostas por ela no que se refere ao tema.

É terrível e só os transgêneros podem avaliar com embasamento real, as experiências negativas que se lhes abarrotam o dia a dia. Pavor pelas respostas que usualmente tem como retorno à imagem e postura unusual ao seu gênero, acarretado por desagradáveis situações vexatórias. Os transgêneros não possuem espaço próprio e são marginalizados pela sociedade, devido exatamente à rigidez imposta.

Daí que temos já, algum subsídio para discorrer sobre a Transfobia. "A transfobia é, basicamente, o medo da pessoa transgênera e ódio, discriminação, intolerância e o dano que seu medo traz. A transfobia é manifestada pelo desagrado, ameaça à segurança, repugnância, ridículo, restrição à liberdade de ir-e-vir, restrição ao acesso a recursos (moradia, emprego, serviços, etc.) e violência". Basta que se apresente sinais que evidenciem a transgeneridade para que a resposta vinda da sociedade seja carregada de ações negativas. Dentre os transgêneros, a limitação e imposição começam no seio da própria família e conhecidos. A rejeição passa ainda por sendas das mais diferentes espécies e navegam pelo trabalho, pelo atendimento social com BRUTAL isolamento como resposta às manifestações emitidas, por vezes em desespero, pelo transgênero. Interessante como uma coisa acaba levando à outra. Devido às constrantes agressões sofridas ao longo de sua existência, o transgênero acaba não vendo outra saída que a droga, a prostituição e até a própria marginalidade de acepção. Tudo motivado, evidentemente pelas pressões negativas experimentadas ao longo da vida. Não são os transgêneros, o atentado à ordem imposta de dois gêneros universalmente conhecidos? Não são os transgêneros que afetam o visual condicionado com uma aparência física"diferente" daquelas conhecidas na fronteira para ambos os sexos? Seu comportamento social também é digno de ser repudiado. Sanções sociais, políticas e econômicas, reforçam os limites de gênero que a sociedade considera aceitáveis. A chamada rejeição inconsciente pode perfeitamente estar imbutida em muitos modos de se pré julgar a questão.

  • 1)- Os transgêneros são pessoas doentes;
  • 2)- O Transgênero não é um homem real ou uma mulher real;
  • 3)- O transgênero é psicologicamente instável e por vezes portador de anormalidades psicológicas;
  • 4)- em sua situação devem ser evitados por não serem dignos de confiança.
  • 5)- As pessoas tem arraigadas dentro de sí sentimentos de desconforto ou de asco, que fazem com que evitem se relacionar com transgêneros como o fariam com outras pessoas, por exemplo, um profissional médico, que não quer dispor dos recursos conhecidos para seus clientes transgêneros, e que, por falta de conhecimento ou interess, e incapaz de encaminhar os transgêneros para a obtenção dos meios necessários para suas necessidadesem outra fonte de recursos.

Poderíamos ficar a citar exemplos dos mais variados em modo e essência. Eles são incontáveis. Problema exposto, vem uma bile amarga, mostrando que mesmo nesta indigesta situação, são possíveis algumas considerações para se enfrentar a Transfobia. Acões podem ser perpetradas e, entre elas podemos incluir:
A)- Aumentar a conscientização dos trangêneros enquanto esses prosseguem na busca de suas identidades de gênero;
B)- Desejar e estar disponível para proporcionar apoio, cuidados e aconselhamento de acordo com as necessidades;
C)- Sentir-se confortável e adaptado enquanto na companhia de transgêneros;
D)- Explorar as inter-relações entre transfobia, racismo, homofobia e segregação sexual;
E)- Na educação, na saúde e no emprego, tornar os recursos disponíveis para os transgêneros e tudo que disser respeito à transgeneridade;
F)- Adotar uma política de tolerância zero quanto à transfobia, considerando a transfobia tão grave quanto racismo e segregação sexual;
G)- Convidar as comunidades organizadas de transgêneros para trabalhar contra a transfobia e falar com os transgêneros sobre identidade de gênero e orientação sexual;
H)- Deliberadamente comunicar os mitos e estereótipos sobre transgeneridade,e não aceitar brincadeiras de mau gosto. Difícil...

Mas em meados do século XIX tivemos movimentos para que se reconhecesse nas pessoas de raça negra, um ser humano. Tivemos a grita feminina pelo sufrágio nos finais deste mesmo século e princípios do século passado. Conhecemos o poder da ignorância e seus maléficos palpos quando da revolta da vacina no Rio de Janeiro. Século da razão... quem sabe não será este que vivemos?

Texto baseado em artigo apresentado por Diana Maria Casadana, traduzido por Márcia Regina Moreira e rearranjado por Maria Antonieta, intitulado GENDER, TRANSGENDER AND TRANSPHOBIA

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